segunda-feira, 30 de abril de 2012


Atividade física pode melhorar desempenho escolar

Pesquisa aponta que a prática de exercícios tem uma relação positiva e benéfica com o desempenho de jovens em sala de aula.
Crianças e adolescentes que praticam atividade física podem ter um melhor desempenho acadêmico. É o que indica um novo estudo publicado no Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine, um periódico da Associação Médica Americana. Segundo a pesquisa, os exercícios e o desempenho escolar têm uma relação positiva, e podem beneficiar o jovem.

Na revisão sistemática de 14 estudos, Amika Singh, do Centro Médico da Universidade de Vrije, na Holanda, e sua equipe procuraram investigar se as pressões para notas acadêmicas altas estariam levando a uma menor carga horária de atividades físicas. O tamanho das amostras varia de 53 para cerca de 12.000 participantes, dependendo do estudo. Todos os jovens tinham entre seis e 18 anos, e o acompanhamento variou de oito semanas para mais de cinco anos.
“De acordo com as melhores evidências encontradas, descobrimos uma importante relação positiva e significativa entre a atividade física e a performance acadêmica. Os estudos sugerem que ser mais ativo fisicamente leva a uma melhora da performance acadêmica nas crianças”, dizem os autores.

O benefício aconteceria porque o exercício físico pode ajudar a cognição, aumentando o fluxo de oxigênio e sangue para o cérebro, os níveis de noradrenalina e endorfinas (neurotransmissores que reduzem o stress e melhoraram o humor), e os fatores de crescimento que ajudam a criar novas células nervosas e dão apoio à plasticidade das sinapses dessas células.

“O problema é que relativamente poucos estudos de alta qualidade metodológica exploraram a relação entre a atividade física e a performance acadêmica”, disseram os autores. Nenhum estudo na revisão sistemática deles usou medidas objetivas de atividade física. “É preciso que se façam mais estudos de alta qualidade sobre essa relação e sobre os mecanismos que a explicam, usando instrumentos de medida confiáveis e válidos para avaliar com precisão.”

Atividade física pode proteger a saúde dos olhos também

Exercícios físicos de alta intensidade podem impactar positivamente na pressão ocular
Atividades físicas podem, além de todos os benefícios já conhecidos até então, ajudar a diminuir o risco do desenvolvimento do glaucoma. Exercícios físicos de alta intensidade podem impactar positivamente na pressão ocular, um indicativo da condição.
É essa a conclusão de um artigo que examinou mais de 5 mil homens e mulheres com idades entre 48 e 90 anos entre 1993 e 1997 e novamente entre 2006 e 2010. Os participantes foram acompanhados para nível de atividade físico e lazer e foi medida a pressão dos olhos (mais especificamente a baixa pressão de perfusão ocular ou PPO), o que resultou em uma série histórica de ambos os itens. Os resultados foram publicados no periódico Ophthalmology & Visual Science. 

De acordo com os pesquisadores, um nível de atividade moderado durante os mais de 15 anos de acompanhamento resultou em uma redução de 25% do risco de pressão baixa ocular, o que poderia levar ao glaucoma. 

“Parece-nos que a pressão de perfusão ocular pode se alterar dependendo do nível de atividades físicas aeróbias”, diz Paul Foster, pesquisador da Universidade College London, no Reino Unido. “Nós não podemos apontar o mecanismo específico, mas há uma clara associação entre um estilo de vida sedentário e fatores que aumentam o risco para glaucoma.” 

“Antes, o único fator de risco modificável para o glaucoma era a pressão intraocular, alterada através de medicação ou cirurgias”, diz o pesquisador. “Agora, acreditamos que um estilo de vida ativo pode diminuir os riscos para a condição”, finaliza.

Atividade física reduz chances de doença de Alzheimer

Atividades físicas, mesmo as relacionadas às tarefas do dia-a-dia, podem ajudar uma pessoa a reduzir em quase três vezes o risco de doença de Alzheimer
O Correio do Povo
Publicado 27/04/2012 às 13:17:50 - Atualizado em 27/04/2012 às 13:20:00

Atividades físicas, mesmo as relacionadas às tarefas do dia-a-dia, podem ajudar uma pessoa a reduzir em quase três vezes o risco de doença de Alzheimer ou de declínio cognitivo em qualquer idade. Essa é a conclusão de uma pesquisa publicada nesta quarta-feira no site do periódico Neurology, que associou os benefícios dos exercícios a indivíduos de todas as idades, mesmo aos idosos com mais de 80 anos.
O estudo foi conduzido na no Centro Médico da Universidade de Rush, nos Estados Unidos. Segundo os pesquisadores, o estilo de vida ativo vai além de ir à academia ou praticar corrida. Eles observaram que atividades cotidianas frequentes, como lavar pratos, cozinhar, jogar cartas e até mesmo fazer força com os braços em uma cadeira de rodas já colaboram com a redução de risco de problemas cognitivos e de memória, inclusive a doença de Alzheimer.